(ou para os menos generosos: Amarguras da auto-exigência)
Enfastiada
Inundada até a boca,
cheia d'água!
Os fluxos se invertem
Bebo e não obedeço à lei da gravidade!
Parece que transbordo pelos olhos...
Qual o quê!
é água que jorra de total enfastio
O tédio é de excesso de verdade!
Verdade não generosa do outro que julga
com o olho cego de seu próprio rabo.
Toda verdade é consistente,
e como tal impermeável.
Nos coloca portanto em terreno infértil.
Aprendi que ser humilde é estar no nível do húmus
terra aberta e fértil.
Mas a verdade é rocha dura,
que reflete a luz ofuscante dos que estão acima de...
sem chances!
Não há coração na miséria da implacável verdade.
Seu mundo é sem misericórdia!
É disso que careço nas nossas postulações verdadeiras.
Não me refiro à qualquer verdade.
Mas aquela abjeta,
interdito posto entre pessoas,
cujo dito escalona olhares que tudo pretendem sobre mundos sem alcance,
mas ambcionadas pelo colonizador.
Num sutil deslize, entregamos,
pela tirania da verdade, tais íntimos territórios.
Esta verdade que
transita da ilusão da pureza pueril à arrogância tirânica
dos seus portadores.
Os postulantes se fazem puros pela verdade de suas prolatações!
É da verdade dos sepulcros caiados,
da condenação de Madalena,
a verdade que me oprime.
2 comentários:
Faz-se chuva na varanda!!! E eu que sempre preferi a varanda, também tenho a sensação de dançar enquanto chove; enquanto B E B O suas palavras... Mais uma vez queria muito tê-las escrito enquato constato que a distância não existe entre nós... Que alegria! Quanta audácia a sua! E olha que você nem sabe o que anda aflingindo meu surrado coraçãozinho, Márcia! Obrigada por nos engrandecer assim... Tomara que um dia eu possa extravazar as palavras que são suas (nossas)e gritar na chuva o que tenho calado... E que... continuemos sempre mais! Te adoro, Marcelle.
Desculpe! Tive que reler pela milésima vez isso aqui pra acreditar que alguém escreveu!
Obrigada! Precisei deixar um outro OI! Continuemos...
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