quarta-feira, novembro 8

Um trago na varanda...

Mas não sei se devo retratar aqui obra ou autora...
Talvez porque seja redundante
(rio-me de minha distração):
Um é parte, outro é todo,
Ambos - irmãos!
Faces da mesma moeda,
Membro ainda não amputado,
Simplesmente parte
Que não parte na execução...
Algo meio filho, meio cria,
Meio vilão...
Aquilo que parte das entranhas,
Leva um pouco da gente,
Mas não chora, não sente,
Não desagarra não...
E arte é sempre arte...
Travessura, ousadia,
Destempero que salga alguém...
Alguns vão rir; outros brigar;
Eles vão seguir; estes caçoar...
Porque arte é meio isso:
Livre pra existir, belo pra chocar,
Verdade dita de "mim",
Feita pra discordar...
Um escândalo, um tapa, um sopro, um beijo, um toque.
Obra de arte é... a fusão...
Toca a gente pela alma...
Estremece os músculos...
Embaça os olhos...
Dribla a razão:
Diz o que não foi dito,
Sente o que não foi dito,
Simplesmente diz!
Escutar é problema do outro!!!

Vai um trago sim, Márcia, claro. Mas não sei se devo retratar aqui obra ou autora!
- Roubaste minhas palavras!!!
Felicidade é tê-la fazendo arte, jogando na varanda e presente no exílio...
Continuemos...
Marcelle

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