sexta-feira, julho 13

O outro lado da minha moeda...







"Um dia o Senhor acendeu



O farol das estrelas



Para uma terra bonita, feliz e selvagem,



Onde homens de estranha coragem



Entoavam seus cantos de guerra,



Onde a Lua dormia nos rios



E o silêncio morava nas serras...




Nesta noite feliz e serena,



O Senhor descansou...



E na Terra bonita e liberta



A semente jogou (e brotou!),



E o chão que servia de berço às bandeiras



São Paulo chamou!




São Paulo, estrela do céu,



A minha Pátria revelaste ao bandeirante audacioso



O segredo do Brasil maravilhoso...




São Paulo,


Sem preconceito de raça,


Sem preconceito de cor,


Povo simples, mas viril...


Seu coração está batendo


Ao mundo inteiro dizendo:


São Paulo é o coração do Brasil!"







Autor desconhecido;

Porém recitado pelo Sr. Angelo Bottaro
no Hospital do Coração,
com exímia maestria em declamar,

com imenso orgulho de São Paulo como se o autor o fosse!










" Uma gaivota no céu, um sonho na terra. E ambos, a gaivota e o sonho, voam livres. Percorrem o espaço, navegando entre as nuvens, perseguindo um destino que jamais alcançarão.


Porque os sonhos, como as gaivotas, abrem as suas asas todos os dias, para uma viagem infinita.
E, quando algum tomba sobre a terra, eis que outro o substitui na eterna busca.


Assim como podemos apenas acompanhar o vôo da gaivota, apenas podemos sonhar os nossos sonhos. E, em um e outro caso, não nos cabe determinar o seu rumo, mas tão somente admirar a beleza do seu vôo.

E não será este o seu encanto?

Acaso, o homem admira as coisas que pode controlar? Ou deseja aquilo que já considera seu?



Não são os nossos sonhos uma forma de alcançarmos aquilo que nos falta? E o que neles nos atrai não é a promessa de felicidade que julgamos existir no seu mistério?


Em todos os dias, as gaivotas dos nossos sonhos sobrevoam a praia da nossa realidade. E, distraídos a acompanhar o seu vôo, muitas vezes não percebemos a beleza do mar, nem desfrutamos a carícia do vento.



Entretanto, o mar e o vento existem. E basta que os procuremos, para que possamos sentir a sua presença; e, neles, encontrar o refrigério que buscamos ao acompanhar o vôo da gaivota.



Assim, o homem se encanta pelos diamantes. E não percebe que a fonte de sua beleza está na luz que os banha; a luz que faz brotar os mesmos reflexos de uma simples gota d’água, ou de um pedaço de vidro esquecido a um canto.



Entretanto, é assim que somos. Sempre sonharemos a felicidade e, absortos neste sonho, muitas vezes a deixaremos de ver ao nosso lado.



Sempre, apreciaremos o vôo da gaivota. E esqueceremos de agradecer à distância, que não nos permite vê-la como a simples ave que é.



Sempre, nos encantará o arco-íris. E sonharemos com o tesouro ao seu término, esquecidos das gotas que o formam.





Sempre, desejaremos algo novo. E, tão logo o tenhamos conseguido, o veremos apenas como algo que nos pertence; e o esqueceremos, absortos na busca de um novo desejo.

Sempre, teremos os sonhos ...

as gaivotas dos nossos desejos. "














Autor também desconhecido, e eu dedico este texto a vocês que construíram minha história e são a coragem de meus vôos... Diferente de muitos, eu não procuro os diamantes, nem o tesouro ao final do arco-íris simplesmente porque eles não são nada perto das gotas de amor que vocês me entornam... E é por isso que em cada ida eu sempre volto! Sobretudo para que vejam que não sou a gaivota que vêem ao alto, mas simplesmente a mesma Marcelle que saiu de cada lugar daí de dentro, com os sonhos tecidos parece que pelo vento e, como o vento e, com o vento que vai e volta... Senão, definitivamente não há motivo pra continuar voando... AMO VOCÊS!

Imagens: www.al.sp.gov.br - A bandeira de São Paulo.

somostodosum.ig.com.br - O vôo da gaivota - de Wagner Borges


Um comentário:

O Árabe disse...

Obrigado pela divulgação do texto sobre a gaivota, que faz parte do meu livro "Hassan". Será um prazer receber a sua visita em nosso oásis. Bom fim de semana!