terça-feira, agosto 19

Que apressem o cronômetro...


O tempo
Agora que foi dada a largada, e que me encontro em plena época de olimpíadas inerte numa piscina imensa, declaro que não pretendo subir..., nem atravessá-la, porque não vejo o fim. Vou ficar aqui, exatamente no mesmo lugar. Também não desejo reciclar o ar que se for lentamente dos meus pulmões porque é sufocada mesmo que me sinto, na espera do momento certo...; na espera que o ar volte talvez, mesmo ausente na piscina, mesmo sem precisar de mim...
Momento em que valha a pena ser resgatada daqui para algum lugar seguro, que se pareça com um passado muito breve talvez... Até que o tal do tempo seja condizente e responda as inquietações que me cercam como toda essa água ou até que meus pensamentos sejam um a um a f o g a d o s... Porque sobreviver com eles, não poderei mais. Prefiro mesmo que o ar me falte e que eu entorpeça ou alucine em outros devaneios de sobrevivência. E é só!
Marcelle
Araujo


Imagens: www. google.com br

camilacamargo.wordpress.com

segunda-feira, agosto 11

'L'ombre de ton ombre, l'ombre de ta main, l'ombre de ton chien...'



Cheers. I figured a little free writing wouldn't do us much harm, so here's to tragedy. A fundamental spice, not needing to be a social voyeur to recognize its meaning.
I'm not referring to hurricanes, volcanoes, cyclones or wars. At least the geophysical or social categories, but the intrinsic. What could be more tragic than a lost chance, calling someone else his name, words left unsaid, wishing you had made it to that funeral, starting up that fight you never did because you thought it just wasn't worth it, eating that pie, giving that gift you considered too kitsch, drinking that bottle. Or just that glass.
Tragedy expresses itself in so many facets. I have this vivid picture of myself trying to grab water with my bare hands. Perhaps it has something to do with Gianluca Grignani's 'La mia storia tra le dita', which was part of my teenage soundtrack, but, oramai, non saprei dirlo. Just like that dream I once had about a boy who had the most beautiful blue eyes I had ever seen, and when I told him that, he replied that he was blind.
Another notable aspect of tragedy is self accomplishment. It simply draws one to consumate not more, nor less than its natural finale. As getting on a plane to eastern skies, arian grounds, mediterranean sunsets. Not mattering that slippery water running through those fingers. To the point you can't discern between cold, warmth, or pain.
Let's reconcile. '...sin perder la ternura.' The anterior catharsis is essential to the enrichment of one's full being. A writer once said that the unhappy years were accountable for the greatness of his work, not the joyful moments. It's common knowledge that the best victory is the one an individual fought hard to achieve. Otherwise, there would be no means of satisfaction. Certainty does lead to undervaluing, taking things for granted.
What makes you ache, makes you smile. Those same 'vasa' that cause you to bleed, may make you blush. Or even your heart beat faster when he walks by your sidewalk or your thoughts. Gently wondering- he, or someone else, or something might return.
Amanda Cardoso
Texto de minha grande amiga Amanda, que comungou sempre comigo meio que telepaticamente tantas EMOÇÕES... E não há nada melhor do que dividirmos a linguagem dos anjos entre seres de mesma espécie! Por isso, aqui na varanda reservo este pequeno espaço para suas palavras de poliglota e gênio literário (na minha opinião) que por ventura vêm a complementar o meu texto "transeuntes no tempo" quase que na íntegra. Seus comentários me foram relatados on line. E meus agradecimentos, assim - também!
Espero que aprecie na estrutura que escolheu!
Um forte abraço, Marcelle.
P.S.: Sinto-me lisongeada com sua presença na varanda!
Parabéns pela profundeza do texto!

domingo, agosto 10

O valor de um presente...





Esta é uma história sobre um jovem casal, Jim e Della. São pobres mas muito apaixonados. Com a proximidade do Natal, Della tinha dúvidas sobre o que comprar para presentear Jim. Ela gostaria de lhe dar uma corrente para o relógio de bolso que ele mantinha com tanto carinho, mas ela não teria dinheiro suficiente. Então ela teve uma idéia. Ela tinha longos e belos cabelos. Assim Della decidiu cortar o cabelo e vendê-lo para comprar a caprichosa corrente para o relógio de Jim. Na véspera do Natal ela volta para casa, e na mão dela está um caixa bonita que contém uma corrente de ouro que comprara vendendo o seu cabelo. De repente Della começa a se preocupar. Ela sabe que Jim sempre gostou do cabelo longo, e temia desapontá-lo por tê-lo cortado e vendido.


Della sobe o último lance de degraus que conduzem para o seu minúsculo apartamento. Abre a porta e é surpreendida ao encontrar Jim em casa esperando por ela. Nas mãos dele um embrulho que, com certeza, contém o presente que ele comprou para ela. Quando Della remove o lenço Jim vê o cabelo cortado, e arregala os olhos. Mas ela não diz nada. Ele sufoca as lágrimas e entrega à Della a caixa de presente. Quando Della abre a caixa, mais uma surpresa. Na caixa, um bonito jogo de pentes de prata para o seu longo cabelo. E quando Jim abre o presente dele, ele, também, está surpreso. Dentro da caixa uma bonita corrente de ouro para o seu relógio de bolso.


Só então Della descobre que Jim penhorou o relógio de ouro dele para lhe comprar os pentes de prata. Aprenderam, ambos, que mais bonito que todo e qualquer presente é o amor que ele simboliza.


Rivalcir Liberato


www.rivalcir.com.br/mensagemparavoce/42_valordopresente

Imagem: www.rivalcir.com.br/mensagemparavoce/42_valordopresente

Entrega - qual está o sentido das surpresas que deixamos ...


Marcelle