sexta-feira, julho 18

A seta e o alvo...


Eu falo de amor à vida,


Você de medo da morte.


Eu falo da força do acaso


E você de azar ou sorte.


Eu ando num labirinto


E você numa estrada em linha reta.


Te chamo pra festa,


Mas você só quer atingir sua meta.


Sua meta é a seta no alvo,


Mas o alvo, na certa, não te espera.


Eu olho pro infinito


E você de óculos escuros.


Eu digo: "Te amo!"


E você só acredita quando eu juro.



Eu lanço minha alma no espaço,


Você pisa os pés na terra.


Eu experimento o futuro


E você só lamenta não ser o que era.



E o que era?


Era a seta no alvo,


Mas o alvo, na certa, não te espera.



Eu grito por liberdade,


Você deixa a porta se fechar.



Eu quero saber a verdade


E você se preocupa em não se machucar.


Eu corro todos os riscos,


Você diz que não tem mais vontade.


Eu me ofereço inteiro


E você se satisfaz com metade.


É a meta de uma seta no alvo,


Mas o alvo, na certa não te espera!


Então me diz qual é a graça


De já saber o fim da estrada,


Quando se parte rumo ao nada?


Sempre a meta de uma seta no alvo,


Mas o alvo, na certa, não te espera.


Então me diz qual é a graça


De já saber o fim da estrada,


Quando se parte rumo ao nada?


Composição: Paulinho Moska e Nilo Romero

Imagem: farm4.static.flickr.com

2 comentários:

Varanda do Degredo disse...

Ui! De novo estas coincidências??? Estamos de novo falando da mesma coisa??

Varanda do Degredo disse...

Desta vez estou ouvindo esta música no sentido inverso... rsrsrs! Mas só a coloquei na varanda pra te irritar porque você deve estar morrendo de saudades dela após aquele carnaval... Rsrsrsrs
Beijo e em comunhão de ares, Marcelle.