O raio não cai duas vezes no mesmo lugar...
Nem dois milagres na mesma história...
Mas aqui vamos nós,
Na luta de cada segundo...
No desafio de cada incerteza...
Recriando as forças, apenas...
Não importando resultados...
O tiro de canhão na platéia foi dado,
Cheguei até aqui!
Mas minha persistência é apesar das críticas e dos julgamentos...
Só eu sei de minha verdade!
Não me defenderei...
- Perderei com a cabeça no lugar dela!
Muito obrigada!
Em meios a tantos “desastres” – meu último “talento” adquirido segundo “amigos” próximos – encontro-me exausta!
Talvez pelos tragos excedidos nestes últimos três meses – sem “goles” de cerveja associados – sinto-me quase que em insuficiência respiratória chegando ao final do segundo tempo.
Em meios a tantos “desastres” – meu último “talento” adquirido segundo “amigos” próximos – encontro-me exausta!
Talvez pelos tragos excedidos nestes últimos três meses – sem “goles” de cerveja associados – sinto-me quase que em insuficiência respiratória chegando ao final do segundo tempo.
Estou perdendo. Eu, e provavelmente todos que me amam vão perdendo comigo, porque não há segundo tempo em jogo solitário, só em coletivo. Tênis não tem tempo pra acabar; perde-se pela circunstância... Eu, vendo o cronômetro correndo, infelizmente sei que só depende de mim, mesmo que faltem força, ânimo, coragem, e que falte ar! Misturam-se a possibilidade da perda para as circunstâncias e o peso de não perder sozinha, numa inefável maratona em que o tempo conta e me trai! Não posso contar com ele... Queria era reinventar esta partida apelando do que julgo inédito para as evidências.
No meu velho e bom basquete éramos cinco; cinco recriando juntos as circunstâncias, nos ajudando, nos encorajando, levando por vezes à derrota alguns desconhecidos do banco e o coitado do treinador que não tinha tanta culpa assim... Sim, perdíamos juntos, por “nossa” culpa, e muitas vezes para o tal cronômetro que nos roubava a chance do “quem sabe se”...; do “de repente se”. E também vibrávamos juntos, abraçávamo-nos como se pudéssemos ocupar o mesmo lugar no espaço e não nos coubéssemos mutuamente...
Hoje é que aprecio mais os jogadores de vôlei! Jogo justo! Elitizado, diria... Reuniu circunstância, coletividade e desprezou o tal cronômetro...
Mas, como nunca quis mesmo ser “um vencedor” descubro-me não mais atleta, imposta à um jogo de tênis e com cronômetro!!! Na arquibancada? Qualquer um de plantão a rir-se do desastre próximo; apostando da minha sobrevivência à minha humilhação.
Mas, como nunca quis mesmo ser “um vencedor” descubro-me não mais atleta, imposta à um jogo de tênis e com cronômetro!!! Na arquibancada? Qualquer um de plantão a rir-se do desastre próximo; apostando da minha sobrevivência à minha humilhação.
No banco: os que também amo e aos quais ao menos eu devia devolver a vitória porque cada um quer dividir do jeito que pode algum lugar comum no espaço que ocupo – independente de abraços! Nas mãos: alguns destinos, um maço, um copo de coca light, a bola e uma imagem de Nossa Senhora. À minha frente nada mais que um ponto de interrogação!
Depende das circunstâncias e que não parem o cronômetro porque ainda não terminei... Sou mais que força, ânimo, mais que coragem, sono e ar. Talvez não tenha a oportunidade de terminar no tempo certo, mas vou tentar, mesmo que eu “termine” após o fim devidamente cumprido...
- Assim perderei, ou não, com a cabeça no lugar dela e não abaixo! Porque desastre é estar na arquibancada, de mãos atadas, torcendo contra como em rinha de galo... Não sou gladiador, nem sou galo...
Hoje é que aprecio mais os cavalos! Animal justo! Diria, elitizado... Corre contra o tempo e contra o vizinho mas não lhes põe os pés na frente... Aceita as circunstâncias... Mas sobre o mundo animal converso outro dia. Senão os leões me devoram e sou jogada em restos aos porcos. Agora tenho pressa. Preciso terminar antes do cronômetro; enquanto houver ar, empurrar para prorrogação...
Aos do banco:
- Não perdi ainda não! Segurem a medalhinha, tragam mais água, um isqueiro e um lençol. Lençol para vendar meus olhos se por acaso eu fizer um ace (como aquela velha cesta de três no último minuto) e isto for um tiro de canhão na arquibancada. Preciso vê-los arrasados não!!!
- Quero só continuar e espero que entendam!
Desta vez, o lençol é de mar. Mar de paz! Simplesmente de entrega assim como parto com, e fico com o Mar...
Postado por mim - Marcelle - em 28/11/2006 e 15/11/2008
Imagem: Lençol de mar
Retirada de: fantasy.flogbrasil.terra.com.br
Um comentário:
Pasma estou eu!!! Caracaa... o que é isto? Eu lia a sua postagem e só pensava, preocupada, que vc respondia ao que escrevi e postei!QUE MERDA!!!!!!! E sobre o seu escrito, lindo como sempre, só queria te dizer que tire de vc esta exigência de sucesso X fracasso!!!!! Acho que o melhor é nos querermos inteiras, íntegras... e o resto virá por acréscimo!!!
Márcia
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