(saudade de você, vó...)
Em essência que era,
Era o barro
Em vida que explodia,
Era a farsa.
Em saúde que exauria,
era tarde;
Em desejo que descia,
Era a vida.
Em cimento que cedia,
Era a raiva.
Movimento que doía,
Era parte
De nós que se fundia,
Era tarde;
E partida de te ver
Que ardia.
Era carvão, era inverno
Na cidade.
Era show, era mistério,
Poesia!
Era sol, era nada,
Era metade.
Era som, era mar,
Melodia...
Era...
Nasceu...
Eternidade...
Profecia!
Marcelle Sá - fevereiro 2012
EU E O TEMPO
"Eu na trilha incerta dos meus passos,
Mergulhado no destino imenso dos meus sonhos,
Vou percorrendo as estradas do mundo deitando
a toalha branca sobre os altares da humanidade,
a toalha branca sobre os altares da humanidade,
E retirando do horizonte profundo da vida,
A matéria prima que será sacralizada,
Ele, o tempo e os seus movimento de suas cirandas,
Vida que se reveste de cores e estações litúrgicas,
Que nos convidam a celebrar o específico de cada motivo,
Tempo de preparo, de colheita, vida comum,
Tempo de preparo, de colheita, vida comum,
Sopro do espírito, templo de ressuscitar,
Eu Sacerdote das divinas causas,
Ele Sacerdote das humanas razões,
Quando com ele não posso, faço acordo,
Sorrio com os motivos de suas alegrias,
E poetizo as tristezas,
Que de suas mãos se desprendem,
Mas quando com ele posso,
Ah, quando com ele posso,
Eu dele me esqueço,
E VIVO!"
Padre Fábio de Mello
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