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Marcelle (dez/2007)
http://adlizjamile.blogspot.com/2007/09/botes-de-massinha.html
Interstício, lugar de passagem. Aqui nesta varanda, nos entreolhamos refletidos. Um lugar entre o público e o privado, Um espaço entre o aberto e o fechado. O oculto e o revelado. Na varanda, no passado projetava-se o futuro. As pessoas se viam, se riam, se abraçavam... No degredo, o auto-exílio de passagem. A Casa Sincera! A queda tão necessária para ver o mar! A precipitação da semente para brotar! Aqui nos encontramos...
Esta bandeira também é minha...
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Judas beijando Jesus (cena do DVD da National Geographic).disponível em:http://www.chamada.com.br/mensagens/beijinho_safado.html
Ler Yves Leloup nesta obra, baseada nos escritos do próprio Judas, no seu evangelho, é um exercício de extrapolar a narrativa histórica e entrar no mundo da psiquê humana, onde encontramos em nós tantos Judas quantos Yeshoua. Mais interessante, neste particular é a dualidade que nos toma entre ser verdadeiro, a opção de Jesus, e ter a verdade como uma arma a modificar o mundo, pressuposto da luta do zelote Iscariotis.
Vale dizer que a busca por ser verdadeiro implica numa conduta ainda tida como herege, nos nossos tempos. E que ter uma Verdade a ser fincada no mundo, traduz-se, ao meu olhar, como um desejo imperialista de se ganhar o mundo pela força, e não pelo amor.
Postado por Márcia,
Após mais uma tormenta na busca por ser verdadeira.
(ou para os menos generosos: Amarguras da auto-exigência)
Enfastiada
Inundada até a boca,
cheia d'água!
Os fluxos se invertem
Bebo e não obedeço à lei da gravidade!
Parece que transbordo pelos olhos...
Qual o quê!
é água que jorra de total enfastio
O tédio é de excesso de verdade!
Verdade não generosa do outro que julga
com o olho cego de seu próprio rabo.
Toda verdade é consistente,
e como tal impermeável.
Nos coloca portanto em terreno infértil.
Aprendi que ser humilde é estar no nível do húmus
terra aberta e fértil.
Mas a verdade é rocha dura,
que reflete a luz ofuscante dos que estão acima de...
sem chances!
Não há coração na miséria da implacável verdade.
Seu mundo é sem misericórdia!
É disso que careço nas nossas postulações verdadeiras.
Não me refiro à qualquer verdade.
Mas aquela abjeta,
interdito posto entre pessoas,
cujo dito escalona olhares que tudo pretendem sobre mundos sem alcance,
mas ambcionadas pelo colonizador.
Num sutil deslize, entregamos,
pela tirania da verdade, tais íntimos territórios.
Esta verdade que
transita da ilusão da pureza pueril à arrogância tirânica
dos seus portadores.
Os postulantes se fazem puros pela verdade de suas prolatações!
É da verdade dos sepulcros caiados,
da condenação de Madalena,
a verdade que me oprime.
Acaso, o homem admira as coisas que pode controlar? Ou deseja aquilo que já considera seu?
Não são os nossos sonhos uma forma de alcançarmos aquilo que nos falta? E o que neles nos atrai não é a promessa de felicidade que julgamos existir no seu mistério?
Entretanto, o mar e o vento existem. E basta que os procuremos, para que possamos sentir a sua presença; e, neles, encontrar o refrigério que buscamos ao acompanhar o vôo da gaivota.
Assim, o homem se encanta pelos diamantes. E não percebe que a fonte de sua beleza está na luz que os banha; a luz que faz brotar os mesmos reflexos de uma simples gota d’água, ou de um pedaço de vidro esquecido a um canto.
Entretanto, é assim que somos. Sempre sonharemos a felicidade e, absortos neste sonho, muitas vezes a deixaremos de ver ao nosso lado.
Sempre, apreciaremos o vôo da gaivota. E esqueceremos de agradecer à distância, que não nos permite vê-la como a simples ave que é.
Sempre, nos encantará o arco-íris. E sonharemos com o tesouro ao seu término, esquecidos das gotas que o formam.
Imagens: www.al.sp.gov.br - A bandeira de São Paulo.
somostodosum.ig.com.br - O vôo da gaivota - de Wagner Borges