Despejar-se como óleo por este chão
E se estes olhos de lágrimas se fecharem
E estes sonhos debulharem-se em ação,
Quando então esta história desrimada
Encontrar graça, sentido, razão
E as horas de sofrimento esgotadas
Devolverem-se em tempo, em forma de perdão...
Quando por ventura este grito já cansado
Alcançar alguém disponível pela imensidão
Ou de tão forte, seja este verbo calado
Ou entoado de réplicas em meu coração...
Quando não tarde o talvez não for dúvida,
Nem atalho, nem fuga pela dura jornada,
Ou seja o meu pranto o recanto já frio
E esta solidão restante, quase nada...
Que seja esta fé, esta força, desafio
Minha razão mais duradoura e festejada,
Seja este chão um suave caminho,
Quando talvez nem reste mais frio, solidão: reste nada.
(Marcelle - 1999)
Imagem retirada do site: www.larazon.es
Nenhum comentário:
Postar um comentário