Serra dos Órgãos. E o pedido que olhemos avante!
“Eu que
não sei quase nada do mar
Descobri que não sei nada de mim...
Clara, noite rara, nos levando além
da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos
na escuridão.”
Descobri que não sei nada de mim...
Clara, noite rara, nos levando além
da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos
na escuridão.”
(Ana Carolina).
Uau!
Estou
ofegante após pedalar com você, Márcia. Talvez pelo entardecer da madrugada, e a fonte
pequena que escolheu me chamando de velha...
De certo,
a distinção corpo-mente tem sido meu foco perseguido nos últimos anos, mas os
fragmentos distantes o berço para meu próprio perdoar-me. Ou a desculpa mais
tola para não enfrentar-me. Ou a pequenez (diante do mar) necessária para
verificar-me frágil.
L. da
Vinci fala do homem-lagarto que nós trabalhadores-surfistas, penosos pelo
dignificar o próprio pão (isso vem da Bíblia ou mais uma lorota ocidental?)
sonhamos com a aposentadoria, com o gozar de afazeres voluntários e prazerosos –
comer, rir, dormir, gemer, defecar. E nem sabemos se teremos nossas funções
orgânicas prontas a isto como agora, em que produzimos para outros desfrutarem
deste simples paraíso - apenas!
Shakespeare
ousa revelar-nos como divinos – sei – no âmbito espiritual da coisa, e blasfema
na conclusão. Como animais, melhor não sermos nem classificados, né? (Bancarota
red).
Então vou
eu “remexer na inquisição”: se assumirmos felizes (sem maiores ambições)
convivermos e vivermos em paz no animalesco mundo de L. Da Vinci, e
ocuparmo-nos nos intervalos à prática shakespeariana, talvez parecêssemos com o
que a Criação idealizou para nós. Com o espírito santo, ao pé da letra, e como
Jesus nos ensinou em seu exemplo – como humano, animal, Deus que é.
Talvez o
redimensionar a vida fosse viável e a integridade corpo-mente fosse mais
NATURAL. E os
fragmentos distantes fossem 2 pontos de um linha reta (e não labiríntica) para
nossa evolução simplesmente. Daí
renasceríamos, sim... Após concluído o caminho. (imagem: Dedo de Deus).
Mas o que
temos são paradoxos e somos interrompidos de decifrá-los no meio do caminho.
Injustamente (imposto por nossa opção ou não), somos postos a pensar como animais ferozes em sua própria raça, somos
obrigados a comer e produzir estrumes sem lhes saber o destimo. Sem lhes reconhecer
na própria grandiosidade, na falta de tempo (!!!) ditada pelo sistema, pelo capitalismo, pela ingovernância da massa (Vide Thrive
moviment). E só enxergamo-na quando a energia vital se exaure e a saúde se
vai (nesses estrumes inorgânicos).
Proponho
agradecermos não o pão de cada dia, sovado de malabarismos anti-naturais, mas
rezarmos para que ao ligarem-se os 2 pontos previamente propostos por nós antes
mesmo de nascermos, ainda saibamos como fazer tais pães transformarem-se num bando de dejetos, se
e somente se, enquanto isto, formos “admiráveis como um anjo” e um exemplo de
homens (não animais) para Deus!
Sigamos! A
evolução é nossa única missão!
Postado por Marcelle Sá - 27/04/13.
Na saudade... Nasci no mar...
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