Voltei!
Em busca de dizer o não dito,De cutucar a solidão que aceitei,
De me ver nas palavras que nego,
De refazer o sentido dado.
Habitando a varanda,
Lugar da casa que tanto prezo,
Interstício entre a rua a intimidade:
Voltei...
Para brindar este momento e propor que repensemos nossos egoísmos, um pouco da sensibilidade de Manoel de Barros:
Teorema da Incompletude
A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.
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