Dez dicas fundamentais para se reconhecer um vampiro! (todas as características abaixo também podem se entendidas aplicada aos variáveis gêneros)
1-Um autêntico vampiro nunca chega a você diretamente. Ele tem um tempo de escuta dissimulada. É tempo de colheita de informações, que você chega a jurar que ele sequer está te vendo. Quando as tem, se aproxima fazendo você se sentir uma pessoa muito importante, de muito valor. Pois ele está pronto para dizer exatamente o que você gostaria de ouvir, e diz.
2-Tendem a criar teorias gerais sobre tudo, profundos conhecedores da verdade. Demonstram-se oniscientes, ou no mínimo manifestam sempre profundo desejo de sê-lo. Defendem estas verdades quase sempre de forma afoita. Quando você se predispõe a dialogar com esta convicção, ele demonstra que não crê exatamente naquilo, e outras vozes e convicções aparecem de acordo com o que convém. O mais importante nesta hora é verificar que, tão veemente quanto nas suas aparentes verdades, assim também o é na polifonia.
3-Oscilam entre uma onipotência invejável e raras demonstrações de baixíssima estima, porém, quando flagrados em acessos de exibição de poder, revelam a sua miséria, quase implorando pela sua manifestação do valor ao que ele pretende ter em absoluto: PODER. Nesta hora o vampiro é quase um mendigo, que rasteja aos seus pés para implorar a sua misericórdia, como se esta fosse uma estratégia irresistível.
4-Quando se sentem ameaçados, deslocam o olhar como se estivessem com sono. Já não olham mais para os seus olhos, e sim como se estivesse vendo a sua áurea, atrás de você. Em termos exotéricos, desenvolvem um olhar que é conhecido como o olhar da maldição de sampaku. É aquele olhar de quem olha sem estar vendo, como se refletindo, do pedestal do pantheon, acerca da “babaquice” que você fala ou faz.
5-O olhar de um vampiro diagnostica como ninguém a inveja alheia. Quase sempre ele enxerga inveja e conspiração em tudo. Acaba montando um mundo em que a sua necessidade de se defender, necessita de forma voraz, e isto o põe numa cômoda postura de imobilidade. Os vampiros são preguiçosos, depositam toda sua energia para atrair o “pescoço” necessário para a sua sobrevivência. Quando a presa se nega a dar o pescoço, ou qualquer veia, ele ainda se queixa da conspiração que foi traçada para si próprio e proclama isto ao mundo.
6-O tom de voz do vampiro é incrivelmente doce. Ainda mais na posição de ataque. O vampiro se apresenta como alguém portador de uma educação, ou melhor, de uma finesse d'esprit incomum e persuasiva, quase que inexorável. Porém, a veemência de seus ataques são assustar cristãos e ateus, budistas e kardecistas, evangélicos e hinduístas, pois o tom de voz se confunde com urros e berros.
7-Um vampiro demonstra a sua capacidade de escutar, apenas quando convém. O monólogo lhe é comum. Ele fala, fala, fala, fala, como se esquecesse que você tivesse capacidade de também falar acerca daquela sua falação, e parece mesmo crer que para ele há uma platéia para quem palestra.
8-Os juízos de valores de um vampiro variam muito. Mas uma característica invariável, é que ele se permite, em seu discurso, oscilar livremente, pois posiciona-se acima do bem e do mal.
9-Se você convive com um vampiro, um indicativo recorrente é a prostração que fica no seu corpo, após o contato. Isto é incrível, estes seres têm mesmo a capacidade de sugar sua energia, e se mostram muito misericordiosos com a sua inércia e prostração, mas muito desconfiados e ameaçados com sua ação.
10-Um vampiro é sempre um ser psicodélico, e se você não compreende bem o que é isto, lá vai a definição do dicionário Houaiss: diz-se da produção intelectual elaborada sob o efeito de um alucinógeno. Derivação: por extensão de sentido: diz-se de qualquer produção intelectual que se assemelha ou procura imitar as obras criadas sob efeito de alucinógeno.
Para vocês que visitam a varanda, estou escrevendo algo que, pela minha própria experiência, afirmo que existe. Não apenas como metáforas, mas como tipo humano. Eu mesma já convivi diretamente com, no mínimo, uns quatro. O que fiz para evitá-los, e também a capacidade do vampirão de prometer sempre o que você deseja no fundo do poço num poço sem fundo? Eu? Na boa, sumi! Alho, estaca, cruz, reses de cebola, nada disso adianta, pois eles exploram justamente o seu mais significativo desejo.
Márcia
Imagem obtida em:
http://na-rede-com-o-vampiro.weblogger.terra.com.br/index.htm
4 comentários:
PQP!!!!!!!!!!!!!!!!!! Nunca vi disso!!!! Primeiro, uma escrita digna de barrar qualquer jornalista... Segundo, quanto ao introsamento das matérias, putz... Ninguém vai acreditar que planejávamos a mesma coisa sem nos sabermos... Agora, falando sério, na boa... Sei que é difícil ouvir, mas larga tudo e vai!!! Larga geografia, história do Brasil, direito, T.U.D.O.! Vai escrever livro, vai escrever filme, vai escrever telenovelas, vai escrever, menina!!! Piche muros, mas escreva! Mas escreva a vida e seu poder de observação... Que é de coisas assim que precisamos (leitores, milhares de nós). De dicas assim que esperamos pra reconhecer nosso território (de dentro e de fora...) e nossos semelhantes (ou não, se ainda não fomos mordidos, não somos vampiros... rsrsrs). Enfim, surpresa pela coincidência, e mais: pela excelência que trazes nas mãos - representantes da alma - deixo meus parabéns pela verdade que lês... Perfeito!!! Obrigada por existir, Marcelle.
Leitores: milhares de nós!?!?!?!/ rindo muito só porque lembrei que as leitoras e comentadoras disto aqui somos nós duas...huahuahauahauah Tudo bem que a gente já sabe que só nós duas preenchemos a arquibancada do Maraca, afinal há um albergue dentro de nós... ops, mas com síndico, é óbvio!
Bjo
Márcia
Hummm...
Assino em baixo!
Beijão,
Hal
O milhares de nós, é porque além de saber que preenchemos o Maraca, tenho em mente aquele pensamento que alguém disse não sei quando, que diz assim: "O sol ao nascer dá um espetáculo lindo, no entanto a maioria da platéia continua dormindo...". Tenho pena dos milhares que não me inclui, nem Hal, nem Claudinha... rsrsrsrsrsrs Era uma brincadeirinha... Beijos, Marcelle.
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